Café Central – O Tempo Submerso nos Espelhos
Paes Loureiro inaugura sua fase de prosa ficcional com uma narrativa sobre a alegoria dos espelhos que recobrem as paredes do Café Central
O Café Central é um espaço simbólico deflagrador de alegorias na realidade narrativa. Sendo lugar de poetas, escritores, pintores, teatrólogos, professores, estudantes, jornalistas, boêmios e visitantes, tornou-se um espaço de livre circulação das ideias antes e depois da deflagração da ditadura militar, a partir do que sua resistência foi sendo enfraquecida.
A obra consiste em uma narrativa da impossibilidade do homem, do ser, ficar fora do tempo e suas circunstâncias. Mesmo que tente se refugiar em alguma forma de exílio, ou no mito, ou no passado, o presente produz suas armadilhas e as circunstâncias suas situações de realidade. Nem sempre se pode fugir aos efeitos do real com que o destino tenta contrapor-se ao imaginário.
Não é, portanto, a história do Café Central, mas a alegoria dos espelhos que recobriam as paredes com seu imaginário cristalizado que justifica o subtítulo: “O tempo submerso nos espelhos”. É um ponto de partida e chegada, pois o romance apresenta vários outros espaços dramáticos ficcionalizados além do Café Central: a Pensão da Naty na zona da prostituição, a região das Ilhas em Abaetetuba, a prisão do Cenimar da Marinha no Rio de Janeiro, e, finalmente, o retorno ao Café Central.
“É a concretização de um sonho antigo. E este não será único. É minha fase de prosa ficcional que a poesia espia debruçada em minha alma” afirma Paes Loureiro ao traduzir o significado deste romance para sua carreira.
Sinopse:
Neste romance, o autor João de Jesus Paes Loureiro usa como cenário a maior referência da comunidade pensante de Belém durante os anos 1970: o Café Central. O local servia de refúgio intelectual aos contestadores do novo regime e abrigou diversos artistas durante a ditadura e, antes ainda, recebia com regularidade a escritora Clarisse Lispector.
Na narrativa, o autor faz uso do cenário político, ao passo que destaca o estado de espírito comum aos contestadores da época e, com precisos detalhamentos, descreve o famoso Café fazendo com que o leitor se vislumbre com o ambiente. A estética também ganha importância na obra, uma vez que o Café Central é uma das reminiscências da Belle Époque no Brasil, sustentando então a arquitetura e decoração Art Déco.
Os problemas começam quando o Café Central não consegue se desvencilhar da vigilância da polícia e deixa de ser palco de ideias e liberdade à clientela.
Verdadeiros elementos históricos e políticos, como a presença do DOPS (Departamento de Ordem Política e Social), da repressão e da violência tornam o romance surpreendentemente verossímil e envolvente.
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Ficha Técnica
Livro: Café Central: o tempo submerso nos espelhos
Autor: José de Jesus Paes Loureiro
ISBN 10: 8575313275
ISBN 13: 9788575313275
Gênero: Literatura brasileira/Romance
Editora: Escrituras.
Edição: 1ª edição
Páginas: 384
Formato: 14 X 21 cm, brochura
Preço: R$ 40,00
Repercussão na mídia
- Entrevista para a Revista do Diário do Pará (Diário do Pará – 22/05/2011)
- Romance: Paes Loureiro resgata o auge do Café Central (Diário do Pará Online – 26/05/2011)
- Um café e muitas memórias (O Liberal – 26/05/2011)
- Romance tem sabor de estreia (O Liberal – 26/05/2011)
- Paes Loureiro lança seu primeiro romance no Espaço São José Liberto (Blog do São José Liberto – 26/05/2011)
- A Transgressão do Poeta Encantador de Palavras (Blog Pelas Ruas de Belém – 26/05/2011)
- No tempo submerso do Café Central: por Eduardo Rocha (Blog da Cris Moreno – 27/05/2011)
- Coluna de José Seráfico: Central Café – ficção e realidade (O Liberal – 07/06/2011)
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junho 10, 2011 às 10:16 amCentral Café – ficção e realidade « Blog do Paes Loureiro
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julho 8, 2011 às 10:43 amLançamento do romance “Café Central – o tempo submerso nos espelhos” em Manaus « Blog do Paes Loureiro